Petróleo vai gerar 3 mil vagas de trabalho nos próximos dois anos

Vagas são voltadas, principalmente, para engenheiros e geólogos para trabalho na exploração do pré-sal

Com a intensificação da exploração de petróleo na camada pré-sal, principalmente no litoral da Região Sudeste, a necessidade por profissionais das áreas de Engenharia e Geologia, além das técnicos, vai aumentar. A previsão é de que nos próximos dois anos, especificamente para os projetos do pré-sal, sejam contratados pelo menos 3 mil profissionais, assim como tecnólogos em petróleo.

Uma boa parte será para projetos em desenvolvimento ou planejados para o Estado. De modo geral, no entanto, o cálculo somente da Petrobras indica que haverá necessidade de contratação de 22 mil trabalhadores até 2015, pelo menos 900 no Espírito Santo, para atuar nos novos empreendimentos.

Em relação à Petrobras e suas subsidiárias, as contratações só podem ser feitas por meio de concursos. Mas, para as empresas que atuam na área petroleira, tanto na exploração e produção, quanto na de distribuição, as efetivações são normais, sem concurso.

“Há muitas oportunidades nas empresas que prestam serviços para as grandes companhias petrolíferas”, explica o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix.

Ele chama a atenção, no caso do Espírito Santo, para os grandes projetos como o Polo Gás-Químico de Linhares e os estaleiros em Aracruz. “Não são exploração e produção diretamente, mas também demanda por profissionais como geólogos, engenheiros de petróleo e técnicos de várias áreas”.

Na avaliação dos coordenadores dos cursos de Engenharia no Estado, as escolas têm condições de formar profissionais tanto em petróleo quanto em disciplinas afins também na área técnica.

Segundo José Maria Nicolau, coordenador do primeiro curso de Engenharia de Petróleo no Estado, criado em 2002 na Universidade Vila Velha (UVV), a instituição forma cerca de 30 engenheiros de petróleo por semestre e quase todos terminam o curso já empregados.

Apagão

Mas ainda se fala em apagão de mão de obra especializada para atuar no segmento. Márcio Félix lembra, assim como Nicolau, que os estudantes devem pensar sempre na possibilidade de trabalhar fora do Estado. “Muitas companhias são estrangeiras e o petróleo está no mundo todo, então a grande oportunidade pode não estar aqui”, afirma Félix.

Para o diretor acadêmico do CET-Faesa, Luiz Cláudio Monjardim, há interesse tambem pelos cursos de tecnólogo. “A escola oferece curso de tecnólogo em Petróleo e Gás, cuja formação multidisciplinar é de grande importância para auxiliar outros profissionais”.

Fonte : Site Gazeta Online