Diretora da ANP diz que disputa por royalties não afeta nova rodada de licitações

O governador Renato Casagrande classificou como “marcha insana” o movimento no Congresso que muda a partilha dos royalties com a derrubada do veto de Dilma

A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a mudança na partilha dos royalties do petróleo não irá afetar os leilões de novos campos. A rodada está prevista para maio (pós-sal) e novembro (pré-sal). Magda Chambriard esteve no Espírito Santo, nesta quinta-feira (13), para participar de um encontro promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (IBEF-ES).

A diretora da ANP disse que a discussão em torno da divisão dos royalties não é um problema para novos leilões pois a briga pela distribuição não é mais sobre os futuros contratos, mas sim pelos contratos já existentes. “O que se discute agora é qual vai ser a distribuição dos royalties dos contratos que ainda estão em vigor e esse como não será licitado não me afeta”, conta.

A diretora da ANP disse ainda que no entendimento dela não há mais empecilho, mas é preciso ter o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) sobre o assunto. “Sob o meu ponto de vista, que sou engenheira, não tem mais empecilho, mas é preciso ver se a AGU confirma esse entendimento”, destaca.

Ganhar tempo

O governador Renato Casagrande, que também participou do evento, classificou como “marcha insana” o movimento no Congresso que muda a partilha dos royalties. Ele revelou que dificilmente os parlamentares mudarão de ideia com relação ao veto, mas mesmo assim, ele tentará adiar o assunto para ganhar tempo.

“Nós estamos ganhando tempo, nós ganhamos até agora quatro anos. Os Estados querem avançar sobre as nossas receitas e a nossa estratégia é ganhar tempo. Eu achava que com o veto da presidenta Dilma, um pouco de racionalidade fosse tomar conta do Congresso, mas muito pelo contrário, a irracionalidade ampliou”, desabafou.

Nos últimos anos, o Espírito Santo foi destaque na produção de petróleo e gás natural no Brasil, sendo o segundo maior produtor de petróleo, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Até 2018, o Espírito Santo vai ampliar a produção de petróleo de 300 mil barris dia para 500 mil.

Fonte: Rádio CBN Vitória (93,5 FM)

Fonte : Site Gazeta Online