Comércio exterior do Estado sofrerá forte impacto da crise

O Brasil, e muito menos o Espírito Santo, Estado brasileiro de maior grau abertura de sua economia ao setor internacional, vão passar imunes a essa nova turbulência mundial. A ligação capixaba com o comércio global é muito forte. Os negócios com o exterior respondem por 50% do PIB estadual.

O momento é de apreensão. A economia europeia enfraquecida traz preocupação ao Espírito Santo. As exportações capixabas para o Velho Continente somaram US$ 1,71 bilhão no primeiro semestre deste ano.

Representa 23,6% do valor total dos embarques dos portos capixabas no período. A receita de US$ 1,71 bilhão é 73,8% superior aos US$ 983,63 milhões registrados de janeiro a junho do ano passado, porém esse crescimento está ameaçado pela crise .

Rebaixamento

Já o rebaixamento dos títulos dos EUA é um acontecimento sem precedentes na história financeira mundial. Contudo, o mundo espera que o arrocho fiscal para elevar o teto da dívida tenha a contrapartida de medidas para evitar a recessão no fim do governo Obama.

Seria bom para as exportações do Espírito Santo. Os EUA lideram a lista dos países que mais importam produtos embarcados nos portos capixabas.

Mas em função do enfraquecimento da economia local, as importações do Estado também diminuíram na última grande crise. Esse quadro implicou redução do número de empregos e diminuição da receita tributária. Ninguém deseja ver tal filme novamente.

Casagrande recomenda prudência

A crise que está afetando a economia dos Estados Unidos e de outros países que tem o euro como moeda e que antes eram símbolo de estabilidade financeira colocou o governador Renato Casagrande na posição de governante que está adotando a cautela e a prudência.

“O que todos nós temos que tem em relação ao momento que estamos vivendo é de prudência”, destacou. O Espírito Santo, segundo o governador, tem fundamentos políticos e econômicos para enfrentar a crise e o governo está preparado para enfrentar a turbulência.

A torcida é para que os momentos de dificuldade passem e o Estado não tenha que parar o processo de desenvolvimento e de crescimento. “Temos que fazer o bom gasto, o gasto de qualidade e no governo vamos ter prudência para gastar cada vez menos”, enfatizou.

A orientação de Casagrande é para todos os integrantes do governo estadual, para os gestores municipais e para as demais instituições. os gastos, segundo eles só devem ser feitos se resultarem em benefícios para a população.

Fonte : Site Sindiex