Catraieiros protestam contra obras no Porto de Vitória
Samanta Nogueira
Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
Os catraieiros realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira (30), na estrada Jerônimo Monteiro, em Paul, Vila Velha, próximo à praça do bairro. Os manifestantes interditaram a pista com galhos de árvores, pedaços de madeira e queimaram pneus por cerca de duas horas. Os catraieiros reclamam das obras de ampliação do Porto de Vitória e da construção de um cais em Paul.
Segundo eles, com essas obras, o tempo de travessia da capital até o bairro de Vila Velha aumentou de cinco para 15 minutos. Além disso, o número de passageiros reduziu, segundo o presidente da Associação dos Catraieiros, Aderaldo Francisco Alves. “Essa obra está diminuindo o movimento de passageiros que fazem esse percurso entre Vitória e Vila Velha. Antes, nós transportávamos mil pessoas por dia e agora levamos cerca de 250”, disse.
De acordo com o catraieiro Ronye Ribeiro da Silva, 38 anos, as obras prejudicam os profissionais e também a população que utiliza o serviço. “É um trabalho histórico com o qual nós prestamos serviço às comunidades de Paul, Argolas e Vila Batista. Além disso, vários moradores da Praia da Costa, de Itapoã e do Centro deixam o carro em Paul para fazer essa travessia. É um prejuízo para todos.”
Caso a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) não apresente uma solução para a categoria até esta segunda-feira (02), eles prometem um novo protesto, dessa vez na Avenida Beira-Mar, em Vitória.
Sobre a ampliação do Porto de Vitória, a Codesa informou que toda última quinta-feira do mês é realizada uma audiência pública para acompanhar o andamento das obras e, nesta quinta (29), nenhum catraieiro esteve presente na reunião. A companhia disse, ainda, que, por questões de segurança, construiu um terminal provisório para esses profissionais, enquanto o novo terminal não fica pronto.
De acordo com a Codesa, para sair do antigo ponto cada catraieiro está pedindo uma indenização de R$ 150 mil, o que é considerado ilegal por parte da companhia. A Codesa afirmou ainda que não está sendo feita qualquer obra na região de Paul.
Fonte : Site Gazeta Online