Superporto terá oito berços e vai custar cerca de R$ 3 bilhões

Dos locais indicados para a construção, ficam na disputa Praia Mole e Ponta da Fruta

O investimento para implantação do porto de águas profundas, que terá oito berços (quatro para contêiner e quatro para carga geral) e capacidade para a movimentação de 18 milhões de toneladas de cargas por ano, ficará na faixa de R$ 3 bilhões.

O estudo preliminar que apontará a melhor localização do superporto já foi apresentado ao ministro dos Portos, José Leônidas Cristino. Na próxima semana será a vez do governador Renato Casagrande conhecer o estudo.

O presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Clóvis Lascosque, disse nesta quarta-feira que o martelo ainda não foi batido e que a decisão a respeito da localização do superporto será tomada pelo ministro, pelo governador e pela Codesa. O estudo, garantiu, ainda não foi concluído.

Dos quatro locais indicados para a construção do porto, dois (Anchieta e Barra do Riacho, em Aracruz) já foram descartados. Permanecem na disputa Praia Mole (Vitória) e Ponta da Fruta (Vila Velha).

A empresa contratada para realizar os estudos, a DPA Engenharia, segundo Lascosque, está finalizando o estudo de viabilidade dos dois sítios. Os dados apontam as vantagens e desvantagens de cada um desses locais e a escolha, conforme o presidente da Codesa, deverá ficar com o sítio que apresentar a melhor pontuação.

A expectativa do presidente da Codesa é que a definição de onde ficará o porto seja tomada até o final de outubro. Depois que for definida a localização do superporto, a DPA iniciará os trabalhos da segunda etapa, que é o projeto de engenharia.

Embora Lascosque insista em afirmar que ainda não está definido onde será construído o superporto, sabe-se que a escolha será mesmo Praia Mole. A informação circula desde a semana passada nos corredores da Secretaria Especial de Portos (SEP).

O diretor de Revitalização e Modernização Portuária da Secretaria de Portos, Antônio Maurício Ferreira Netto, que esteve ontem em Vitória, diz que o governo federal estuda três opções para a construção de um porto de águas profundas.

Os locais em estudo são Manaus (AM), Ilhéus (BA) e Vitória. Dos três locais, Vitória é o que tem menos problemas ambientais. O mais complicado seria Porto Sul, em Ilhéus.

O superporto, lembrou Netto, pode ser enquadrado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que reduz o tempo das licitações. Não está ainda definido de onde virão os recursos para a construção do porto. A ideia inicial é que a União se responsabilize pelas obras de infraestrutura e a iniciativa privada entre com o dinheiro para a construção do porto.

Fonte: A Gazeta

Fonte : Site Gazeta Online